terça-feira, 25 de abril de 2017

PAULO GONZO, O NEGRO MAIS BRANCO DE PORTUGAL.

Alberto Ferreira Paulo, mais conhecido pelo nome artistico Paulo Gonzo, inicia a sua carreira em 1975 como cofundador, compositor e vocalista do grupo Go Graal Blues Band, banda com quem gravou 4 álbuns, em 76 regista as primeiras canções em fita, nos então estúdios da Emissora Nacional, com produção a cargo de Jaime Fernandes, a Go Graal começou a tocar de imediato na rádio Portuguesa.
Em 1986 apresenta-se em nome próprio e o primeiro single “So Do I”, do álbum estreia “My Desire”, marca de imediato o início de uma das mais brilhantes incursões por territórios do Blues e da Pop made in Portugal .
Em 1992 o seu reportório começa a ser cantado em português e a primeira grande surpresa é desde logo um dos temas mais conhecidos da música portuguesa da atualidade “Jardins Proibidos”.
Entre centenas de concertos realizados um pouco por todo o país, além fronteiras e cerca de um milhão de discos vendidos, Paulo Gonzo teve a oportunidade de colaborar com alguns dos mais importantes nomes da música portuguesa, como é exemplo Bernardo Sassetti, Zé Pedro e Rui Reininho, ou os internacionais James Cotton, Texino e Phillipe Decock, entre muitos outros.
Do seu repertório salta-nos à memória as letras que tantos sorrisos nos roubam e as músicas de que de imediato nos apropriámos como banda sonora pessoal - “Dei-te Quase Tudo”, “Falamos Depois” ou “Sei-te de Cor”, entre uma mão cheia de canções que fazem hoje já parte da história da música portuguesa contemporânea.
Podemos falar ainda do seu carisma, da voz vivida, do encanto das suas histórias, que são já nossas também, e traçam o seu “PERFIL”, álbum editado em 2007 que para além de celebrar os melhores momentos de uma carreira ímpar, ainda nos trouxe “Leve Beijo Triste”, com Lúcia Moniz ou os inéditos “Call Girl” tema central do filme de António Pedro Vasconcelos.
Segue-se o álbum “By Request”, em 2010, onde depois de vários anos e a pedido do publico, Paulo Gonzo grava em Nova Iorque com a produção da dupla Cindy Blackman/Jack Daley e recupera alguns dos melhores temas do Songbook Americano, grandes êxitos como “Midnight hour”, “Love Man” ou “These arms of mine” fazem parte deste fabuloso registo, cantado novamente em inglês.
Em novembro de 2011, Paulo Gonzo lança “Só Gestos”, onde conta com a participação especial de Tito Paris, Pedro Joia e Miguel Sousa Tavares, este último como letrista do tema “Vem”. Os dois singles “São Gestos” e “O teu brinquedo” conquistaram rapidamente um lugar de destaque nas playlists das principais rádios do país.
Em 2012, Paulo Gonzo celebrou 35 anos de carreira com dois concertos esgotados nos Coliseus do Porto e de Lisboa, onde contou com convidados muito especiais como Jorge Palma, Rui Reininho, Lúcia Moniz, Zé Pedro e Tito Paris.
Ao longos dos anos, a música de Paulo Gonzo tem, assim, servido de banda sonora de sonhos, desencantos e novos amores. A sua voz ora assumiu as palavras que não tivemos coragem de dizer, ora, em momentos mais felizes, nos inspirou também a cantar!
Uma das grandes vozes dos nossos dias.
Como tudo começou:
Paulo Gonzo começou a sua carreira como co-fundador, compositor e vocalista do grupo Go Graal Blues Band, em 1975. Alguns anos mais tarde, o grupo assinou com uma editora local e, em 1979, lançou o seu primeiro álbum Go Graal Blues Band, ao qual se seguiu o single Outside.
Em 1980, surge um novo single Touch me Now do segundo álbum, White Traffic. Um ano mais tarde, o single Lonely precede a publicação do mini-LP Black Mail e Colectânea, ambos de 1983.
Após a edição de um novo álbum, Dirty Brown City em 1984, Paulo Gonzo decidiu iniciar a sua carreira a solo. O seu primeiro single, So do I (CBS) viria a transformar-se num enorme êxito.
No ano de 1986, gravou Somewhere in the Night (CBS) na versão maxi-single, que lhe valeu a assinatura de um contrato discográfico com a Sony Music Entertainment (na época, CBS Portugal).
Carreira a Solo: 1986- data do lançamento do álbum de estreia My Desire (CBS) que incluía originais da autoria de Charlie Midnight, Dan Hartman, Daniel Lavoie e Jimmy Scott, bem como uma grande interpretação de These Arms of Mine (CBS), do grande Ottis Redding.
1987- em meados de 1987, foi a vez de Stay (CBS), um 45 rotações que esteve classificado várias semanas consecutivas no Top Nacional de singles e vendeu mais de 10.000 cópias.
1988- edição do máxi-single My Girl/She Knocks Three Times (CBS) célebre tema de Smokey Robinson, igualmente popularizado por Ottis Redding.
1989- lançamento do maxi-single Can´t Be With You (CBS).
1992- inicio das gravações do seu primeiro álbum a solo Pedras da Calçada (SONY MUSIC), precedido por um trabalho de pré-produção em Fevereiro. Pedras da Calçada (SONY MUSIC) foi o primeiro passo de Paulo Gonzo em edições discográficas cantadas no nosso português.
As participações musicais estiveram a cargo de João Allain (ex-companheiro da Go Graal Blues Band) nas guitarras, Alexandre Frazão na bateria, Yuri Daniel no baixo e contrabaixo acústico, Ricardo Cruz também no baixo, Alexandre Manaia nos teclados, José Salgueiro nas percussões e Edgar Caramelo no sax alto. Os coros são de Rita Guerra e Isabel Campelo. Pedras da Calçada tem produção de Luís Oliveira.
De entre as doze músicas que compõem o disco, existe uma que se destaca pela sua melodia e sensualidade: Jardins Proibidos, a música, a letra. A canção perfeita de Paulo Gonzo. Um verdadeiro monumento da música portuguesa.
1993- em Novembro é publicada uma colectânea em inglês de sucessos de Paulo Gonzo My Best (SONY MUSIC).
1995- lançamento do álbum Fora d’ Horas (SONY MUSIC) com participações especiais de músicos de renome, nacionais e estrangeiros. Nani Teixeira e Pedro Abrantes na secção rítmica, Alexandre Diniz nos teclados, nas guitarras João Cabeleira (Xutos e Pontapés), Luís Fernando e Xavier Tox Geronimi (habitual comparsa de Ethienne Daho). Na feitura de algumas letras do disco, as participações são tão ou mais especiais: Pedro Abrunhosa, Rui Reininho e Pedro Malaquias. A produção certeira foi de Frank Darcel (ex Marquis de Sade, produtor de Pascal O’Bispo, Etienne Daho, GNR e Quinta do Bill).
Fora d’ Horas é segundo palavras de João Gobern (jornalista/cronista): “um cd que respira alegrias, angústias, paixões, excessos, ironias, memórias, futuros, noites(muitas noites) na justa medida dos instintos, despreocupado com as regras da normalização e com o flagelo da pré-programação.”
Temas como Acordar, Tiro à Queima Roupa, Leve Beijo Triste e Noite das Sete Colinas, tornaram-se autênticos marcos da música portuguesa.
1997- edição do álbum Dei-te Quase Tudo (SONY MUSIC), que conseguiu a proeza de ser Sextúpla Platina. Um verdadeiro best-of do melhor de Paulo Gonzo num só disco: Jardins Proibidos (original e com a participação especial de Olavo Bilac dos Santos e Pecadores), Pedras da Calçada, Caprichos da Lua, Sete Vidas, Acordar entre outros.
1998- lançamento do álbum Suspeito (SONY MUSIC), que foi Disco de Platina. Mais uma vez produzido por Frank Darcel e com uma participação especial dessa lenda viva que é James Cotton, referência obrigatória dos blues. Neste disco continuou a parceria de Paulo Gonzo com o letrista Pedro Malaquias e Rui Reininho (em Eco Aqui e na adaptação de These Foolish Things).
Como sempre, Paulo Gonzo faz-se acompanhar também aqui de excelentes músicos, quer nacionais como estrangeiros. Bernardo Sassetti, Zé Pedro, Gonçalo Pereira, Texino (ex- companheiro de Ethienne Daho), Dalú, Nani Teixeira, Phillipe Decock e Flak (ex- Rádio Macau), entre outros.
As músicas de sucesso continuam a estar presentes, sendo exemplos Pagava P’ra Ver, Ser suspeito, Fogo Preso, e Humano e Pouco Mais.
1999- Paulo Gonzo Ao Vivo Unplugged gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, revisita uma grande parte do percurso a solo de Paulo Gonzo, desde o longínquo mas omnipresente So Do I, ao mais recente Ser Suspeito, passando por alguns dos seus êxitos mais óbvios e por outras preciosidades menos evidentes: Jardins Proibidos e Dei-te Quase Tudo inevitáveis num disco ao vivo; as interpretações do blues standard Georgia on My Mind, e de Coisas Soltas. Dois momentos altos em qua a voz de Paulo Gonzo sobe ao seu melhor nível, acompanhada em ambos os temas pela soberba performance de Bernardo Sassetti, ao piano, e em Coisas Soltas pela cumplicidade inebriante de Rui Reininho.
Próximo do final, mais dois convidados impõem a sua presença: Tim e Zé Pedro dos Xutos e Pontapés. Tim é igual a si próprio na versão acústica de Chuva Dissolvente e Zé Pedro empresta a sua guitarra à energia eléctrica de Curva Fatal. A produção é de, como não poderia deixar de ser, Frank Darcel.
No final, a sensação é de pleno contentamento. Um marco na carreira de Paulo Gonzo. 2005 – Paulo Gonzo comemora 20 anos de carreira a solo. Uma carreira que iniciou em Inglês com o single “So Do I”, evoluindo depois para originais em Português dos quais se destacam “Acordar”, “Jardins Proibidos”, “Dei-te Quase Tudo”, “Pagava P’ra Ver” ou “Ser Suspeito”, entre inúmeros êxitos, vídeos, unplugged, um DVD, e centenas de concertos pelo país e estrangeiro.
2005 – Vinte anos depois, Paulo Gonzo está novamente de regresso, um regresso tanto mais apetecível porque se trata de um novo disco de canções originais.
Há muito prometido aos seus fãs, este novo álbum e o conceito que o rodeia rebuscam de forma indelével no passado “bluesy” de Paulo Gonzo, trazendo à superfície as influências musicais que o têm acompanhado desde o início com a célebre Go Graal Blues Band.
O álbum apresenta um conjunto de canções, versões e arranjos que surpreendem pela emotividade e sofisticação, num standard de qualidade de gravação a que o Paulo Gonzo sempre nos habituou. O disco conta igualmente com importantes participações, como, por exemplo, Rui Veloso.
O primeiro single “Falamos Depois”, uma forte canção em torno de uma história do quotidiano, foi um um dos êxitos do Verão de 2005. O segundo single “Sei-te de Cor” seguiu-lhe as pisadas, já em 2006.
O CD homónimo de Paulo Gonzo é um dos mais bem sucedidos discos de música portuguesa do corrente ano, tanto em termos de vendas, como de popularidade. Duas décadas volvidas, Paulo Gonzo continua imune a modas e tendências e a impor-se como a grande voz nacional.
2010 – “By Request” representa o regresso às origens de Paulo Gonzo. Um regresso ao Soul e aos Blues, influência que o artista sempre assumiu, desde os primórdios na Go Graal Blues Band.
Gravado em Nova Iorque, no estúdio Mission Sound Recording, em Brooklyn (onde já gravaram os Arctic Monkeys, Animal Collective e The National, entre muitos outros), em “By Request” Paulo Gonzo rodeou-se de uma dupla de produtores (Cindy Blackman/Jack Daley) e de um conjunto de excelentes músicos que, aliados à sua voz, nos oferecem um dos mais notáveis discos do ano!
2011 “Só Gestos” Paulo Gonzo está de regresso às edições discográficas com um novo álbum de originais, em português. O novo trabalho chama-se ‘Só Gestos’ e tem como singles de avanço os temas ‘O (Teu) Brinquedo’ e ‘São Gestos’, que já rodam nas principais rádios nacionais.
Em ‘Só Gestos’, Paulo Gonzo contou com a participação especial de Tito Paris (Voz e Guitarra Nylon em “Negra”), Pedro Jóia (Guitarra Nylon), Carlos Lopes (Acordeão), Jair de Pina (Percussão) e José Vasconcelos (Teclados).
Miguel Sousa Tavares também participa neste álbum como compositor no tema ‘Vem’ que encerra este novo trabalho discográfico de Paulo Gonzo.
Mais vale só? A regra, que gostamos de acolher e aplicar quando se trata de afirmar ou sublinhar personalidade e independência, escapa-se ao absoluto – tudo depende do momento. E, já agora, das companhias. Na viagem musical de Paulo Gonzo, uma daquelas que se ri da linha recta como trajecto recomendado a adoptar entre dois pontos, este abrir de portas aos parceiros de voz fica longe de ser algo inédito mas ganha agora a sistematização e a intensidade de um capítulo autónomo. Antes, já as cumplicidades tinham aberto a porta a Olavo Bilac ou a Lúcia Moniz, só para citar dois exemplos. Mas fica a ideia de que nenhum antipasti seria capaz de nos preparar para a verdadeira diáspora – geográfica, cultural, estética – que o cantor assume agora, uma espécie de big bang que solta luzes novas e intensas a cada explosão, ou seja, a cada encontro. Que diabo!, quem já foi bluesman, cantor de soul, rocker, parente próximo do jazz, crooner, baladeiro, até fadista – e Paulo Gonzo já foi tudo isto, de pleno direito e com eficácia absoluta – tem como crédito toda a legitimidade para continuar a crescer, algo inevitável quando se partilha sem reservas, e para, ao mesmo tempo, se divertir e nos estender a nós o prazer em estado puro.
Este álbum de Paulo Gonzo, o mesmo homem que colecciona êxitos em Português e que nunca abdicou de mostrar como é incondicional do soul e dos blues (basta apanhar as pérolas espalhadas ao longo do currículo de gravações ou concentrarmo-nos no irrepreensível disco By Request), vale como um autêntico menu de degustação. Passe a expressão e fique a ideia, porque não há exageros nem repetições, porque a cadência é de surpresas consecutivas, porque os sabores ganham as asas dos melhores contrastes, porque a única lógica é a da qualidade e a única lei é a da diferença, percorrida canção a canção. Não se pense, no entanto, que o homem que serve de interface às canções e aos contornos deste disco sempre cozinhado em equilíbrios de risco se encosta a qualquer espécie de exibicionismo ou de desleixo. É precisamente o contrário que ocorre, quando Paulo Gonzo é chamado pelos talentos daqueles que sabia e instintivamente convocou a respostas absolutamente distintas entre si. Sem nunca se afastar da sua própria alma de conhecedor curioso e de descobridor destemido.
Façam o favor de seguir as propostas à la carte. Tudo começa com um crooning de sonho, que parecia estar guardado para as vozes do anfitrião e da espantosa Ana Carolina, brasileira universal. É verdade que o original do tema até é italiano, que Ana Carolina a chamou ao Português há mais de uma dezena de anos, mas a convergência de dois privilegiados para uma história de adeus (será mesmo?) dá ao enredo uma nova dimensão. Logo a seguir entra em cena Anselmo Ralph, representante maior do balanço sedutor e da doce “malandrice” angolana – a passadeira estendida ao português é aproveitada para outro exemplo da multiplicidade de paixões de Paulo Gonzo. Vem depois um encontro de mestres, chamado Jorge Palma para um contraponto que, aos primeiros versos, já é um clássico. Vale a pena lembrar que este Só já passou pela voz de Gonzo, há mais de quinze anos (Voz e Guitarra, 1997) mas só agora cria espaço para a presença do autor. Com a andaluza India Martínez, a conversa é outra, com flamenco e salero em fundo, com uma vibração que não se confunde. Quando cabe ao italiano Mário Biondi assegurar a sua réplica a Gonzo, podíamos estar a ouvir a resposta de Barry White a Ray Charles – não é dizer pouco sobre as alturas alcançadas no dueto que é uma das chaves de todo o álbum.
Sem darmos por isso, que as boas novas não se cronometram, já foi desbravada quase metade deste disco. Ficou dado o mote: um tempero para cada compasso, um perfume para cada diálogo, uma dimensão para cada guião. Sem problemas, deixamo-nos guiar até à América Latina, para que o mexicano Carlos Rivera recupere, mano a mano, o êxito que é Fascinación. A passada africana está de volta, outra vez com Angola (e Matias Damásio), mais adiante com Cabo Verde (e esse viajante de tantos mares que é Tito Paris). Mas não se dispensa o slow assolapado, Talk To Me Instead, capaz de convocar uma gloriosa desconhecida, mas só até agora – Tammy Payne. Ainda se descobre um lugar especial para que Fafá de Belém venha derramar mais-valias sobre Vais Entender, que Paulo Gonzo deixa à solta para uma versão em que se percebe que, entre o melhor de Portugal e do Brasil, não há mesmo longe nem distância. Se é possível falar de despedidas num registo em que a boa tentação é voltar ao princípio, baralhar e deixar correr o shuffle do iPod, o tom é o certo, quando Rui Reininho assina a versão feliz de These Foolish Things e o saudoso Bernardo Sassetti passeia pelo piano, em fundo ou bem à vista. Faz-se justiça, dentro da multiplicação dos gostos.
Paulo Gonzo é, desta vez, o cicerone que tem espaço para caminhar em todas as direcções, nunca cedendo aos sentidos obrigatórios. Não precisa de ser o “macho alfa” de uma alcateia de notáveis cantores porque lhe cabe, naturalmente, a condução dos acontecimentos. Não cansa, ouvi-lo. Nem nos cansamos de abraçar, com o aplauso, com a emoção, com a fidelidade que merecem os que mantêm a luz acesa, cada um dos passos deste cantor que, tantos anos e tantas cantigas depois, ainda nos arrebata e comove e convence. Volto quase ao princípio: mais vale sê-lo que parecê-lo. Paulo Gonzo é – e não está só, como fica demonstrado.
Paulo Gonzo, o branco mais negro de Portugal, o único blues man português.
DISCOGRAFIA - ALBUNS
1986 - DESIRE.
1992 - PEDRAS DA CALÇADA.
1993 - MY BEST.
1995 - FORA D´HORAS.
1997 - QUASE TUDO.
1998 - SUSPEITO.
1999 - AO VIVO UNPLUGGED. + DVD
2001 - MAU FEITIO.
2005 - PAULO GONZO ALBUM.
2007 - AO VIVO NO COLISEU. + DVD
2008 - PERFIL - Edição Especial + DVD
2009 - PERFIL - Inclui 1 tema inédito + 1 nova versão.
2010 - COLECÇÃO.
2010 - BY REQUEST.
2011 - SÓ GESTOS.
2013 - COISAS SOLTAS - Edição Limitada.
2013 - SÓ GESTOS - Edição Especial - Inclui 2 inéditos.
2013 - DUETOS.
2014 - DUETOS - Edição Especial - Inclui + 7 temas ao vivo.
2017 - DIZ-ME.
2017 - DIZ-ME - Edição Especial - Inclui + 1 tema inédito.


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