domingo, 30 de abril de 2017

PAULO GONZO - PERFIL - SONY 2009

Este álbum deu origem a 3 edições distintas entre si, (2007, 2008, 2009), todas elas com capas diferentes mas utilizando a mesma foto de capa. Todas elas se apresentavam com uma mudança do posicionamento do alinhamento das músicas, e com um alinhamento ligeiramente diferente entre si, uma delas rotulada de "Edição Especial" trazia um DVD com alguns videoclips das musicas do alinhamento deste álbum.
Sinceramente não consigo informar qual é a edição melhor, porque são idênticas e o essencial está todo lá, em especial a edição mais recente (2009) embora não seja portadora do DVD.
Esta compilação inclui alguns temas inéditos e novas versões.
Alinhamento - CD :
01 - Leve Beijo Triste - 2007 - Dueto Com Lúcia Moniz
02 - Diz-me Tu - 2008
03 - Espelho (de outra água) - 2009
04 - Sei-te de Cor - 2005
05 - Falamos Depois - 2005
06 - Pedras da Calçada - 1992
07 - Jardins Proibidos - 1997 - Dueto Com Olavo Bilac
08 - Acordar - 1995
09 - Dei-te Quase Tudo - 2006 Nova Versão
10 - Pagava P´ra Ver - 1998
11 - Ser Suspeito - 1998
12 - Frágil Como o Amor - 2001
13 - So Do I - Ao Vivo - 2007
14 - Asa do Vento - 1998
15 - Desta Margem - 2005
16 - Call Girl - 2008
17 - Lugares - 1995
18 - Leve Beijo Triste - 2007 Nova Versão

EDIÇÃO COM DVD :
Alinhamento DVD : Videoclips
01 - Leve Beijo Triste - Versão 2007
02 - Sei-te de Cor
03 - Falamos Depois
04 - Jardins Proibidos - Dueto Com Olavo Bilac
05 - Dei-te Quase Tudo - Versão 2006
06 - Frágil Como o Amor
07 - Call Girl


P&C 2009 Sony Musica Lda - Portugal


                                                   SEGUNDA EDIÇÃO - EDIÇÃO COM DVD COM VIDEOCLIPS 
                                           PRIMEIRA EDIÇÃO - INCLUI O DVD AO VIVO NO COLISEU DE LISBOA




PAULO GONZO - COISAS SOLTAS - SONY 2014

Esta edição especial com uma edição muito limitada tem na sua origem um conteúdo de temas soltos, raridades que Paulo Gonzo foi lançando dispersos por coletâneas ou por outras origens dispersas por várias edições, do próprio e de outros artistas, temas que aqui são todos reunidos pela primeira vez num álbum em nome próprio de Paulo Gonzo.
Este álbum é um autentica raridade na discografia de Paulo Gonzo, os temas nele incluídos são conhecidos junto aos mais atentos, já este álbum devido à sua curta tiragem de exemplares não é assim tão conhecido junto ao grande publico porque nunca foi disponabilizado como tal, é mais um álbum direcionado para os fans, um miminho, como se costuma dizer, que reúne temas novos e novas versões de temas já conhecidos.
Alinhamento :
01 - Vencer Ao Amor - 2013 - Versão Portuguesa
        Dueto Com India Martinez
02 - Leve Beijo Triste - 2007 - Nova Versão
03 - Dei-te Quase Tudo - 1997 - Versão Original ***
04 - Diz-me Tu - 2008
05 - Espelho (de outra água) - 2009
06 - Call Girl - 2008
07 - Somos Benfica - 2002
08 - Chuva Dissolvente - 1999
09 - Só - 1997 - Versão Acústica
10 - Pedras da Calçada - 1997 - Versão Acústica
11 - Dei-te Quase Tudo - 2006 - Nova Versão
12 - Jardins Proibidos - 1997 ***
       Dueto Com Olavo Bilac
13 - Leve Beijo Triste - 2007
       Dueto Com Lúcia Moniz
14 - Vencer Al Amor - 2013 - Versão Espanhola
15 - Fancy Glow - 2005
16 - Segredos - 2009
       Dueto Com NZ Special

Produção : Paulo Gonzo e Rui Fingers
Produção : Frank Darcel  nos temas 3 e 12 ***
P&C 2014 Sony Musica Lda - Portugal


PAULO GONZO - BY REQUEST - SONY 2010

Com este álbum, Paulo Gonzo, regressa às origens e aos temas cantados em inglês recriando velhos clássicos da música norte-americana, nomeadamente a musica soul originária dos movimentos musicais negros, este é um álbum de covers com 12 standard´s clássicos da musica soul.
Neste álbum, Paulo Gonzo, volta a recriar alguns temas de Otis Redding, tais como "Love Man", "Try a Little Tenderness" e uma nova versão de "These Arms Of Mine" que já tinha gravado em 1986 numa versão ligeiramente diferente para o álbum "My Desire". Mas neste álbum ainda pode-se encontrar outros temas clássicos da musica soul.
Este álbum foi quase completamente gravado em New York, com músicos norte-americanos, nos Mission Sound Williamsburg Studio, em Brooklyn, e a masterização nos Sterling Sound Studios, New York, juntando alguns músicos portugueses nos temas "How Do You Stop" e "Just The Way You Are" cujas gravações base foram efetuadas em Portugal e as adicionais em New York - USA.
Alinhamento :
01 - That´s Life
02 - Hard Times
03 - Mustang Sally
04 - Love Man
05 - These Arms Of Mine - new version / nova versão
06 - In The Midnight Hour
07 - Bring It On Home
08 - Just The Way You Are ***
09 - Let´s Get It On
10 - Let´s Stick Together
11 - How Do You Stop ***
12 - Try a Little Tenderness

Produção : Cindy Blackman e Jack Daley
Produção temas 08 e 11 : Paulo Gonzo e Rui Fingers ***
Produção Executiva : João Pedro Ruela

P&C 2010 Sony Musica Lda - Portugal

PAULO GONZO - AO VIVO NO COLISEU - SONY 2007

Em 2007, Paulo Gonzo, lança este álbum "Ao Vivo no Coliseu". gravação efetuada durante um concerto ao vivo no Coliseu dos Recreios de Lisboa no dia 23 de Novembro de 2006.
À edição deste CD junta-se também o DVD que incluí o registo integral do concerto, neste caso apresentando mais 3 temas que foram excluídos do CD por falta de espaço.
Em ambos os casos, (cd e dvd), são apresentados alguns temas que Paulo Gonzo nunca registou em disco de estúdio e que aqui surgem pela primeira vez, e inclui a colaboração de alguns ilustres convidados.
Neste disco, Paulo Gonzo, volta a cantar um clássico da música soul de Otis Redding, "Mr. Pitiful", e ainda um marcante tema de Elton John, "Sorry Seems To Be The Hardest Word".
Alinhamento - CD :
01 - Shaft - Abertura
02 - Thank You (Fallettin Me Be Mice Elf Agin)
03 - Dei-te Quase Tudo
04 - Falamos Depois
05 - Leve Beijo Triste
06 - Desta Margem
07 - So Do I
08 - Males d´Amor
09 - Fico Até Adormeceres
10 - Sei-te de Cor
11 - Jardins Proibidos - Dueto Com Olavo Bilac
12 - Aperta Um Pouco Mais - Convidado Zé Pedro
13 - She
14 - Mr. Pitiful
15 - Sorry Seems To Be The Hardest Word - Dueto Com Wanda Stuart
16 - Bright Lights, Big City

Alinhamento - DVD :
01 - Shaft - Abertura
02 - Thank You (Fallettin Me Be Mice Elf Agin)
03 - Dei-te Quase Tudo
04 - Falamos Depois
05 - Leve Beijo Triste
06 - Desta Margem
07 - So Do I
08 - Males d´Amor
09 - Fico Até Adormeceres
10 - Sei-te de Cor
11 - Coisas Soltas (These Foolish Things) - Dueto Com Rui Reininho
12 - Jardins Proibidos - Dueto Com Olavo Bilac
13 - Aperta Um Pouco Mais - Convidado Zé Pedro
14 - She
15 - Mr. Pitiful
16 - Sorry Seems To Be The Hardest Word - Dueto Com Wanda Stuart
17 - Me And Mrs. Jones
18 - Estranha Forma de Vida - Dueto Com Carlos do Carmo
19 - Bright Lights, Big City

CD - Produção : Paulo Gonzo e Rui Fingers
DVD - Produção Executiva : João Ruas
            Produção do Concerto : Ricardo Caiado
            Realização : André Soares Ferreira

PAULO GONZO - PAULO GONZO ALBUM - SONY 2005

Depois de estar 3 anos sem gravar nenhum álbum, Paulo Gonzo regressa com este excelente álbum, um regresso em grande através de uma obra musical muito bem inspirada.
Para trás deixa a colaboração com o produtor musical belga Frank Darcel, preferindo ele próprio produzir o álbum em colaboração com Rui Fingers que também é co-autor de alguns temas apresentados neste álbum.
A imprensa divulgou que parte do álbum teve gravações adicionais nos Estados Unidos da América (New York City), mas a ficha técnica inserida neste álbum não faz qualquer referência a isso, a ser verdade, faz omissão a esse facto, mas a se confirmar julgo que as faixas gravadas em New York são  "She", "Honest I Do", "Bright Lights, Big City" e a faixa oculta "Fancy Glow",  os únicos temas em língua inglesa deste álbum.
Este álbum foi gravado e misturado nos Estúdios Auditiv - Portugal, e masterizado nos Estúdios Bebop e Estúdios Auditiv em Portugal.
A reedição deste álbum em 2006 trouxe como bónus uma nova versão do tema "Dei-te Quase Tudo" cujo original é datado de 1997, na época um grande êxito (sucesso) de Paulo Gonzo.
Outro ponto de referencia neste álbum é a recriação de um Fado de Amália Rodrigues, em formato Blues, que no ano seguinte (2006) é recriado em dueto com o fadista Carlos do Carmo, mas oficialmente essa rara recriação só existe em DVD.
Este é um álbum brilhante que fez uma longa caminhada comercial que levaria Paulo Gonzo só voltar a fazer um novo álbum de estúdio em 2010.
Alinhamento :
01 - Falamos Depois
02 - Males d´Amor (sempre tão fatais)
03 - Desta Margem
04 - Sem Pressa (Este Lugar)
05 - She
06 - Fico Até Adormeceres
07 - Sei-te de Cor
08 - Faz-me Bem
09 - Aperta Um Pouco Mais
10 - Honest I Do
11 - Bright Lights, Big City
12 - Estranha Forma de Vida
13 - Falamos Depois - Dueto Com Rui Veloso
14 - Dei-te Quase Tudo -nova versão 2006 - Bonus
15 - Fancy Glow - faixa escondida (oculta)

Produção : Paulo Gonzo e Rui Fingers
P&C 2005 Sony Musica Lda - Portugal
Reedição - P&C 2006 Sony Musica Lda - Portugal


sábado, 29 de abril de 2017

PAULO GONZO - MAU FEITIO - SONY 2001

Este é mais um grande álbum de originais de Paulo Gonzo, que nos consegue surpreender disco após disco. Sempre apostando na originalidade dos seus temas, volta a surpreender-nos pelo bom gosto dos excelentes temas apresentados neste álbum.
O conteúdo das canções muito frescas deste álbum entram sem pedir licença pelos nossos ouvidos para nos deliciar e transportar-nos até à quinta dimensão do prazer dos sons e da palavra, é um disco terno, puro e bem inspirado numa viagem entre o sonho e a realidade.
O álbum foi gravado no Aurastudio - Portugal, e no Synsound Studio, em Bruxelas - Bélgica, estúdio onde também foram feitas as misturas, enquanto a masterização ficou a cargo dos Electric City Studio, em Bruxelas, pelo técnico Alan Ward. A produção ficou novamente a cargo do belga Frank Darcel, que foi assistido na produção executiva por Dominique Le Gué e Luis Costa.
Com este álbum se encerra a colaboração na área da produção com o belga Frank Darcel que se estendeu ao longo de cinco álbuns no total.
Nota :
Apesar de terem o mesmo titulo, a música "Vem" não é a mesma que aparece no álbum "Só Gestos" de 2011, a mera coincidência fica apenas pelo titulo, já que ambas as musicas são distintas uma da outra.
Alinhamento :
01 - Morrer Na Areia
02 - Frágil Como o Amor
03 - Cheia de Graça
04 - Vem
05 - Regresso
06 - Ilusão
07 - São Horas
08 - Lúcia
09 - Mau Feitio
10 - Los Amigos
11 - Nunca Mais é Hoje
12 - Cu Cu Clan - versão original

Produção : Frank Darcel
Produção Executiva : Dominique Le Gué e Luis Costa
P&C 2001 Sony Musica Lda - Portugal


PAULO GONZO - AO VIVO UNPLUGGED - SONY 1999

Embora Paulo Gonzo não seja um artista de modas, (é mais bluesman, soulman e baladeiro), não podia passar despercebido e alheio aos concertos acústicos e daí nasçeu a ideia deste álbum gravado ao vivo acústico e desligado.
Este álbum apresenta vários temas em formato acústico, bem diferentes do formato original, estas "velhas" canções ganham uma nova roupagem, como se fossem novas, neste formato acústico e ao vivo. Inclui o tema cover "Georgia On My Mind" que Paulo Gonzo nunca gravou em sessão de estúdio.
Este álbum teve duas edições distintas, a primeira em 1999 apenas trazia o CD, depois a edição foi reformulada em 2003 onde se incluiu o DVD com o conteúdo do concerto ao vivo.
Este é um excelente álbum que recorda um memorável concerto acústico ao vivo, para recordar.
Alinhamento - CD :
01 - Ser Suspeito
02 - Leve Beijo Triste
03 - Pagava P´ra Ver
04 - Pedras da Calçada
05 - Humano e Pouco Mais
06 - Georgia On My Mind
07 - Coisas Soltas (These Foolish Things) - Dueto Com Rui Reininho
08 - Chuva Dissolvente - Dueto Com Tim
09 - Jardins Proibidos
10 - Lugares
11 - Curva Fatal - Participação de Zé Pedro
12 - Acordar
13 - Dei-te Quase Tudo
14 - So Do I

Alinhamento - DVD :
01 - Pagava P´ra Ver
02 - Pedras da Calçada
03 - Humano e Pouco Mais
04 - Georgia On My Mind
05 - Coisas Soltas (These Foolish Things) - Dueto Com Rui Reininho
06 - Chuva Dissolvente - Dueto Com Tim
07 - Jardins Proibidos
08 - Lugares
09 - Curva Fatal - Participação de Zé Pedro
10 - Acordar
11 - Dei-te Quase Tudo
12 - So Do I

CD : Produção : Frank Darcel
P&C 1999 Sony Music Lda. - Portugal

DVD : Produção : Zoo Filmes
          Realização : José Sacramento
P&C 2003 Sony Musica Lda. - Portugal

PAULO GONZO - SUSPEITO - SONY 1998

Paulo Gonzo gozando do estatuto de grande estrela, ganha asas e voa alto neste disco muito bem inspirado e bem marcante na sua carreira discográfica, e onde nada fica ao acaso, onde já nada tem a provar e as coisas saem rigorosamente bem, como em todos os seus discos.
Conhecido por ser muito exigente consigo próprio e com os músicos que o acompanham, disfruta ainda da mais valia da produção do belga Frank Darcel e ainda ilustres convidados que participam apenas como músicos neste álbum.
Gravado no Estúdio Êxito, em Lisboa, e no Synsound Studios, em Bruxelas, teve ainda gravações adicionais efetuadas no Ardent Studio, em Memphis Tennessee - USA, tendo as misturas sido efetuadas no Synsound Studios, em Bruxelas,  e a masterização no Electric City Studio, em Bruxelas, com técnicos portugueses e estrangeiros.
Só Paulo Gonzo poderia fazer um disco com tal rigor no panorama musical português ...
Alinhamento :
01 - Pagava P´ra Ver
02 - Ser Suspeito
03 - Humano e Pouco Mais
04 - Gregos e Troianos
05 - Astro Lábios
06 - Low Profile (Estrela Decadente)
07 - Curva Fatal
08 - O Tiro da Partida
09 - Fogo Preso
10 - Asa do Vento
11 - Eco Aqui
12 - Coisas Soltas (These Foolish Things)

Produção : Frank Darcel
Produção na faixa 09 : Frank Darcel, Tom Heimdal e James Cotton
P&C 1998 Sony Musica Lda - Portugal


PAULO GONZO - QUASE TUDO - SONY 1997

Este álbum é uma compilação que apresenta 3 temas novos (2 inéditos e 1 nova versão) que na época em que foi lançado alcançou a tripla platina.
Este multiplatinado álbum é um os maiores êxitos comerciais de Paulo Gonzo que obteve um imenso sucesso junto ao público português, confirmando a Paulo Gonzo o estatuto de estrela e a sua consagração como a maior e melhor voz da música portuguesa da atualidade.
A par com os temas novos, este álbum revisita algumas canções, no seu formato original, dos seus dois anteriores álbuns cantados em português, "Pedras da Calçada" 1992 e "Fora D´Horas" 1995 consolidando momentos de grande popularidade.
Dizem os entendidos, que foi este álbum, que em termos de popularidade ajudou a consolidar a carreira artística de Paulo Gonzo.
Alinhamento :
01 - Jardins Proibidos - 1997 - Dueto Com Olavo Bilac - nova versão
02 - Acordar - 1995
03 - Dei-te Quase Tudo - 1997 - tema novo
04 - Lugares - 1995
05 - Noite das Sete Colinas - 1995
06 - Fuga Sem Fim - 1997 - tema novo
07 - Pedras da Calçada - 1992
08 - Caprichos da Lua - 1992
09 -Tiro à Queima Roupa - 1995
10 - Heróis do Bar - 1995
11 - Leve Beijo Triste - 1995 - versão original
12 - Piedosas Mentiras - 1992
13 - Sete Vidas - 1992
14 - Jardins Proibidos - 1992 - versão original

Produção : Frank Darcel - temas de 1997
Produção : Frank Darcel - 1995
Produção : Luís Oliveira - 1992
P&C 1997 Sony Musica Lda - Portugal

PAULO GONZO - FORA D`HORAS - SONY 1995

Este é o segundo álbum de Paulo Gonzo, inteiramente cantado em português e apresentando a versão original do tema "Leve Beijo Triste" que mais tarde, em 2007, foi regravado em dueto com Lúcia Moniz, e também regravado por Paulo Gonzo a solo numa nova versão.
Este álbum representa um caminho mais evolutivo desde o primeiro álbum e firma Paulo Gonzo como uma das melhores vozes da musica portuguesa.
O álbum foi gravado em Portugal no Êxito Estúdio pelo francês Dominique Borde, e teve a produção do belga Frank Darcel, sendo masterizado pelo francês André Perriat no Top Master Studio - Paris.
 Com este álbum Paulo Gonzo, o senhor blues, é definitivamente lançado como estrela pop e como uma das melhores vozes da música portuguesa.
Alinhamento :
01 - Acordar
02 - Leve Beijo Triste - versão original
03 - Tiro à Queima Roupa
04 - Lugares
05 - Lady Canibal
06 - Duas Manas
07 - Heróis do Bar
08 - Tarde ou Cedo
09 - Noite das Sete Colinas
10 - Discretamente
11 - Leve Beijo Triste - nova versão 2007 - Bonus
12 - Leve Beijo Triste - Dueto Com Lúcia Moniz 2007 - Bonus

Produção : Frank Darcel
P&C 1995 Sony Musica Lda - Portugal
Reedição - 2008 Sony Musica Lda - Portugal

PAULO GONZO - PEDRAS DA CALÇADA - SONY 1992

Este é o primeiro álbum de Paulo Gonzo cantado em português, o qual incluí a versão original do tema "Jardins Proibidos" que mais tarde, em 1997, regravaria em dueto com Olavo Bilac para o álbum "Quase Tudo" na versão que fez um enorme sucesso.
A reedição deste álbum encerra com duas faixas bónus com os temas "Jardins Proibidos" e "Caprichos da Lua" cantados em inglês, "Look At Me Now" e "When You Cry" respetivamente.
Esta primeira incursão de Paulo Gonzo em português abriria caminho a outros tantos sucessos vindouros pela voz de Paulo Gonzo sempre em língua (idioma) portuguesa.
O álbum foi produzido por Luís Oliveira, curiosamente um produtor com quem Paulo Gonzo não viria mais a trabalhar no futuro.
A partir deste álbum Paulo Gonzo iria dar voos mais altos no futuro, com excelentes álbuns gravados em Portugal e no estrangeiro (Bélgica e Estados Unidos da America) a exemplo de como só um grande artista consegue e tem oportunidade de fazer.
Alinhamento :
01 - Pedras da Calçada
02 - Caprichos da Lua
03 - Uma Opinião
04 - Erro Meu
05 - Cartas Na Mesa
06 - Piedosas Mentiras
07 - Jardins Proibidos - versão original
08 - Andarilho
09 - Sete Vidas
10 - Sem Saída
11 - Perdido
12 - Senhora dos Dias
13 - Look At Me Now (Jardins Proibidos) - Bonus
14 - When You Cry (Caprichos da Lua) - Bonus

Produção de : Luís Oliveira
P&C 1992 Sony Musica Lda - Portugal

sexta-feira, 28 de abril de 2017

PAULO GONZO - MY BEST - SONY 1993

Este álbum é uma mais valia, porque reúne alguns dos primeiros temas da carreira a solo de Paulo Gonzo, que apenas só foram lançados em formato Single em discos vinyl, e alguns temas do excelente álbum "My Desire" de 1986 e que nunca foi reeditado em formato CD, portanto incluí um punhado de canções do inicio de carreira a solo numa época em que só cantava em inglês e o cântico em português pela voz de Paulo Gonzo ainda estava num horizonte longínquo.
O álbum é muito interessante, pois o seu conteúdo trás as versões em inglês de "Jardins Proibidos" como "Look At Me Now", e "Caprichos da Lua" como "When You Cry", ambos os temas, Paulo Gonzo, já tinha gravado em português para o álbum "Pedras da Calçada" de 1992. A reedição deste álbum ainda traz um tema extra, "Segredos", um dueto com a banda EZ Special, datado de 2009, que em termos de alinhamento sai de todo o contexto deste álbum.
Em linha geral, este é um excelente álbum correspondendo ao que seria de esperar de um álbum de Paulo Gonzo.
Alinhamento :
01 - Look At Me Now (Jardins Proibidos) - 1992
02 - So Do I - 1985
03 - My Girl - 1986
04 - These Arms Of Mine - 1986
05 - When You Cry (Caprichos da Lua) - 1992
06 - Stay - 1987
07 - She´s My Song - 1986
08 - She Knock´s Three Times - 1986
09 - Can´t Be With You Tonight - 1989
10 - Ridiculous Love - 1986
11 - My Desire - 1986
12 - All Over The World - 1986
13 - Somewhere In The Night - 1986
14 - Over There - 1986
15 - Segredo - 2009 - Bonus Track
       Feat. NZ Special

Produção de : Quico, Luís Oliveira e Paulo Gonzo
P&C - 1993 Sony Musica - Portugal
Reedição - 1989 Sony Musica - Portugal


PAULO GONZO - MY DESIRE - CBS 1986

Infelizmente este é um daqueles bons albuns que nunca passaram o disco em vinyl, não se compreende muito bem porque é que a editora Sony Portugal nunca se interessou reeditar este magnífico album que faz parte do seu catálogo adequirido através da compra do catalogo original da CBS Portugal, e apenas opta por editar alguns temas deste album em algumas colectâneas de Paulo Gonzo, nomeadamente no CD "My Best" de 2003, actualmente esgotado, ficando o album original e restantes temas completamente esqueçidos no pó do tempo no disco vinyl, como os temas "Missing" e "Steamrollin´".
Este é um album que tem ficado completamente esquecido no pó do tempo pela editora Sony Musica - Portugal, e não merecia tão obscuro destino ditado pela editora Sony Musica - Portugal.
Na minha opinião pessoal, o ponto alto deste album está na recriação de "These Arms Of Mine", um grande hit (êxito) de Otis Redding, aqui magistralmente recriado por Paulo Gonzo.
Mas os pontos altos deste album não ficam por aí, ainda temos uma outra recriação de "My Girl" que curiosamente foi outro grande hit (êxito) de Otis Redding, que é magistralmente recriado por Paulo Gonzo, e adiante segue-se outras grandes canções que fazem este album ser uma delíçia para os nossos ouvidos.
Deixamos aqui uma sugestão à editora Sony Musica - Portugal, que seria óptimo que tomassem a iniciativa de editarem este album em formato CD, acrescentando como bónus, vários temas extra deste artista lançados em discos Singles vinyl, mas que ainda aguardam por edição digital.
Alinhamento
Lado A :
01 - Ridiculous Love
02 - Over There
03 - So Do I
04 - Steamrollin´
05 - These Arms Of Mine
LADO B :
01 - Somewhere In The Night
02 - My Desire
03 - She Is My Song
04 - Missing
05 - All Over The World


Produzido Por Quico
P - 1986 CBS Musica - Portugal


terça-feira, 25 de abril de 2017

PAULO GONZO, O NEGRO MAIS BRANCO DE PORTUGAL.

Alberto Ferreira Paulo, mais conhecido pelo nome artistico Paulo Gonzo, inicia a sua carreira em 1975 como cofundador, compositor e vocalista do grupo Go Graal Blues Band, banda com quem gravou 4 álbuns, em 76 regista as primeiras canções em fita, nos então estúdios da Emissora Nacional, com produção a cargo de Jaime Fernandes, a Go Graal começou a tocar de imediato na rádio Portuguesa.
Em 1986 apresenta-se em nome próprio e o primeiro single “So Do I”, do álbum estreia “My Desire”, marca de imediato o início de uma das mais brilhantes incursões por territórios do Blues e da Pop made in Portugal .
Em 1992 o seu reportório começa a ser cantado em português e a primeira grande surpresa é desde logo um dos temas mais conhecidos da música portuguesa da atualidade “Jardins Proibidos”.
Entre centenas de concertos realizados um pouco por todo o país, além fronteiras e cerca de um milhão de discos vendidos, Paulo Gonzo teve a oportunidade de colaborar com alguns dos mais importantes nomes da música portuguesa, como é exemplo Bernardo Sassetti, Zé Pedro e Rui Reininho, ou os internacionais James Cotton, Texino e Phillipe Decock, entre muitos outros.
Do seu repertório salta-nos à memória as letras que tantos sorrisos nos roubam e as músicas de que de imediato nos apropriámos como banda sonora pessoal - “Dei-te Quase Tudo”, “Falamos Depois” ou “Sei-te de Cor”, entre uma mão cheia de canções que fazem hoje já parte da história da música portuguesa contemporânea.
Podemos falar ainda do seu carisma, da voz vivida, do encanto das suas histórias, que são já nossas também, e traçam o seu “PERFIL”, álbum editado em 2007 que para além de celebrar os melhores momentos de uma carreira ímpar, ainda nos trouxe “Leve Beijo Triste”, com Lúcia Moniz ou os inéditos “Call Girl” tema central do filme de António Pedro Vasconcelos.
Segue-se o álbum “By Request”, em 2010, onde depois de vários anos e a pedido do publico, Paulo Gonzo grava em Nova Iorque com a produção da dupla Cindy Blackman/Jack Daley e recupera alguns dos melhores temas do Songbook Americano, grandes êxitos como “Midnight hour”, “Love Man” ou “These arms of mine” fazem parte deste fabuloso registo, cantado novamente em inglês.
Em novembro de 2011, Paulo Gonzo lança “Só Gestos”, onde conta com a participação especial de Tito Paris, Pedro Joia e Miguel Sousa Tavares, este último como letrista do tema “Vem”. Os dois singles “São Gestos” e “O teu brinquedo” conquistaram rapidamente um lugar de destaque nas playlists das principais rádios do país.
Em 2012, Paulo Gonzo celebrou 35 anos de carreira com dois concertos esgotados nos Coliseus do Porto e de Lisboa, onde contou com convidados muito especiais como Jorge Palma, Rui Reininho, Lúcia Moniz, Zé Pedro e Tito Paris.
Ao longos dos anos, a música de Paulo Gonzo tem, assim, servido de banda sonora de sonhos, desencantos e novos amores. A sua voz ora assumiu as palavras que não tivemos coragem de dizer, ora, em momentos mais felizes, nos inspirou também a cantar!
Uma das grandes vozes dos nossos dias.
Como tudo começou:
Paulo Gonzo começou a sua carreira como co-fundador, compositor e vocalista do grupo Go Graal Blues Band, em 1975. Alguns anos mais tarde, o grupo assinou com uma editora local e, em 1979, lançou o seu primeiro álbum Go Graal Blues Band, ao qual se seguiu o single Outside.
Em 1980, surge um novo single Touch me Now do segundo álbum, White Traffic. Um ano mais tarde, o single Lonely precede a publicação do mini-LP Black Mail e Colectânea, ambos de 1983.
Após a edição de um novo álbum, Dirty Brown City em 1984, Paulo Gonzo decidiu iniciar a sua carreira a solo. O seu primeiro single, So do I (CBS) viria a transformar-se num enorme êxito.
No ano de 1986, gravou Somewhere in the Night (CBS) na versão maxi-single, que lhe valeu a assinatura de um contrato discográfico com a Sony Music Entertainment (na época, CBS Portugal).
Carreira a Solo: 1986- data do lançamento do álbum de estreia My Desire (CBS) que incluía originais da autoria de Charlie Midnight, Dan Hartman, Daniel Lavoie e Jimmy Scott, bem como uma grande interpretação de These Arms of Mine (CBS), do grande Ottis Redding.
1987- em meados de 1987, foi a vez de Stay (CBS), um 45 rotações que esteve classificado várias semanas consecutivas no Top Nacional de singles e vendeu mais de 10.000 cópias.
1988- edição do máxi-single My Girl/She Knocks Three Times (CBS) célebre tema de Smokey Robinson, igualmente popularizado por Ottis Redding.
1989- lançamento do maxi-single Can´t Be With You (CBS).
1992- inicio das gravações do seu primeiro álbum a solo Pedras da Calçada (SONY MUSIC), precedido por um trabalho de pré-produção em Fevereiro. Pedras da Calçada (SONY MUSIC) foi o primeiro passo de Paulo Gonzo em edições discográficas cantadas no nosso português.
As participações musicais estiveram a cargo de João Allain (ex-companheiro da Go Graal Blues Band) nas guitarras, Alexandre Frazão na bateria, Yuri Daniel no baixo e contrabaixo acústico, Ricardo Cruz também no baixo, Alexandre Manaia nos teclados, José Salgueiro nas percussões e Edgar Caramelo no sax alto. Os coros são de Rita Guerra e Isabel Campelo. Pedras da Calçada tem produção de Luís Oliveira.
De entre as doze músicas que compõem o disco, existe uma que se destaca pela sua melodia e sensualidade: Jardins Proibidos, a música, a letra. A canção perfeita de Paulo Gonzo. Um verdadeiro monumento da música portuguesa.
1993- em Novembro é publicada uma colectânea em inglês de sucessos de Paulo Gonzo My Best (SONY MUSIC).
1995- lançamento do álbum Fora d’ Horas (SONY MUSIC) com participações especiais de músicos de renome, nacionais e estrangeiros. Nani Teixeira e Pedro Abrantes na secção rítmica, Alexandre Diniz nos teclados, nas guitarras João Cabeleira (Xutos e Pontapés), Luís Fernando e Xavier Tox Geronimi (habitual comparsa de Ethienne Daho). Na feitura de algumas letras do disco, as participações são tão ou mais especiais: Pedro Abrunhosa, Rui Reininho e Pedro Malaquias. A produção certeira foi de Frank Darcel (ex Marquis de Sade, produtor de Pascal O’Bispo, Etienne Daho, GNR e Quinta do Bill).
Fora d’ Horas é segundo palavras de João Gobern (jornalista/cronista): “um cd que respira alegrias, angústias, paixões, excessos, ironias, memórias, futuros, noites(muitas noites) na justa medida dos instintos, despreocupado com as regras da normalização e com o flagelo da pré-programação.”
Temas como Acordar, Tiro à Queima Roupa, Leve Beijo Triste e Noite das Sete Colinas, tornaram-se autênticos marcos da música portuguesa.
1997- edição do álbum Dei-te Quase Tudo (SONY MUSIC), que conseguiu a proeza de ser Sextúpla Platina. Um verdadeiro best-of do melhor de Paulo Gonzo num só disco: Jardins Proibidos (original e com a participação especial de Olavo Bilac dos Santos e Pecadores), Pedras da Calçada, Caprichos da Lua, Sete Vidas, Acordar entre outros.
1998- lançamento do álbum Suspeito (SONY MUSIC), que foi Disco de Platina. Mais uma vez produzido por Frank Darcel e com uma participação especial dessa lenda viva que é James Cotton, referência obrigatória dos blues. Neste disco continuou a parceria de Paulo Gonzo com o letrista Pedro Malaquias e Rui Reininho (em Eco Aqui e na adaptação de These Foolish Things).
Como sempre, Paulo Gonzo faz-se acompanhar também aqui de excelentes músicos, quer nacionais como estrangeiros. Bernardo Sassetti, Zé Pedro, Gonçalo Pereira, Texino (ex- companheiro de Ethienne Daho), Dalú, Nani Teixeira, Phillipe Decock e Flak (ex- Rádio Macau), entre outros.
As músicas de sucesso continuam a estar presentes, sendo exemplos Pagava P’ra Ver, Ser suspeito, Fogo Preso, e Humano e Pouco Mais.
1999- Paulo Gonzo Ao Vivo Unplugged gravado nos Estúdios Valentim de Carvalho, revisita uma grande parte do percurso a solo de Paulo Gonzo, desde o longínquo mas omnipresente So Do I, ao mais recente Ser Suspeito, passando por alguns dos seus êxitos mais óbvios e por outras preciosidades menos evidentes: Jardins Proibidos e Dei-te Quase Tudo inevitáveis num disco ao vivo; as interpretações do blues standard Georgia on My Mind, e de Coisas Soltas. Dois momentos altos em qua a voz de Paulo Gonzo sobe ao seu melhor nível, acompanhada em ambos os temas pela soberba performance de Bernardo Sassetti, ao piano, e em Coisas Soltas pela cumplicidade inebriante de Rui Reininho.
Próximo do final, mais dois convidados impõem a sua presença: Tim e Zé Pedro dos Xutos e Pontapés. Tim é igual a si próprio na versão acústica de Chuva Dissolvente e Zé Pedro empresta a sua guitarra à energia eléctrica de Curva Fatal. A produção é de, como não poderia deixar de ser, Frank Darcel.
No final, a sensação é de pleno contentamento. Um marco na carreira de Paulo Gonzo. 2005 – Paulo Gonzo comemora 20 anos de carreira a solo. Uma carreira que iniciou em Inglês com o single “So Do I”, evoluindo depois para originais em Português dos quais se destacam “Acordar”, “Jardins Proibidos”, “Dei-te Quase Tudo”, “Pagava P’ra Ver” ou “Ser Suspeito”, entre inúmeros êxitos, vídeos, unplugged, um DVD, e centenas de concertos pelo país e estrangeiro.
2005 – Vinte anos depois, Paulo Gonzo está novamente de regresso, um regresso tanto mais apetecível porque se trata de um novo disco de canções originais.
Há muito prometido aos seus fãs, este novo álbum e o conceito que o rodeia rebuscam de forma indelével no passado “bluesy” de Paulo Gonzo, trazendo à superfície as influências musicais que o têm acompanhado desde o início com a célebre Go Graal Blues Band.
O álbum apresenta um conjunto de canções, versões e arranjos que surpreendem pela emotividade e sofisticação, num standard de qualidade de gravação a que o Paulo Gonzo sempre nos habituou. O disco conta igualmente com importantes participações, como, por exemplo, Rui Veloso.
O primeiro single “Falamos Depois”, uma forte canção em torno de uma história do quotidiano, foi um um dos êxitos do Verão de 2005. O segundo single “Sei-te de Cor” seguiu-lhe as pisadas, já em 2006.
O CD homónimo de Paulo Gonzo é um dos mais bem sucedidos discos de música portuguesa do corrente ano, tanto em termos de vendas, como de popularidade. Duas décadas volvidas, Paulo Gonzo continua imune a modas e tendências e a impor-se como a grande voz nacional.
2010 – “By Request” representa o regresso às origens de Paulo Gonzo. Um regresso ao Soul e aos Blues, influência que o artista sempre assumiu, desde os primórdios na Go Graal Blues Band.
Gravado em Nova Iorque, no estúdio Mission Sound Recording, em Brooklyn (onde já gravaram os Arctic Monkeys, Animal Collective e The National, entre muitos outros), em “By Request” Paulo Gonzo rodeou-se de uma dupla de produtores (Cindy Blackman/Jack Daley) e de um conjunto de excelentes músicos que, aliados à sua voz, nos oferecem um dos mais notáveis discos do ano!
2011 “Só Gestos” Paulo Gonzo está de regresso às edições discográficas com um novo álbum de originais, em português. O novo trabalho chama-se ‘Só Gestos’ e tem como singles de avanço os temas ‘O (Teu) Brinquedo’ e ‘São Gestos’, que já rodam nas principais rádios nacionais.
Em ‘Só Gestos’, Paulo Gonzo contou com a participação especial de Tito Paris (Voz e Guitarra Nylon em “Negra”), Pedro Jóia (Guitarra Nylon), Carlos Lopes (Acordeão), Jair de Pina (Percussão) e José Vasconcelos (Teclados).
Miguel Sousa Tavares também participa neste álbum como compositor no tema ‘Vem’ que encerra este novo trabalho discográfico de Paulo Gonzo.
Mais vale só? A regra, que gostamos de acolher e aplicar quando se trata de afirmar ou sublinhar personalidade e independência, escapa-se ao absoluto – tudo depende do momento. E, já agora, das companhias. Na viagem musical de Paulo Gonzo, uma daquelas que se ri da linha recta como trajecto recomendado a adoptar entre dois pontos, este abrir de portas aos parceiros de voz fica longe de ser algo inédito mas ganha agora a sistematização e a intensidade de um capítulo autónomo. Antes, já as cumplicidades tinham aberto a porta a Olavo Bilac ou a Lúcia Moniz, só para citar dois exemplos. Mas fica a ideia de que nenhum antipasti seria capaz de nos preparar para a verdadeira diáspora – geográfica, cultural, estética – que o cantor assume agora, uma espécie de big bang que solta luzes novas e intensas a cada explosão, ou seja, a cada encontro. Que diabo!, quem já foi bluesman, cantor de soul, rocker, parente próximo do jazz, crooner, baladeiro, até fadista – e Paulo Gonzo já foi tudo isto, de pleno direito e com eficácia absoluta – tem como crédito toda a legitimidade para continuar a crescer, algo inevitável quando se partilha sem reservas, e para, ao mesmo tempo, se divertir e nos estender a nós o prazer em estado puro.
Este álbum de Paulo Gonzo, o mesmo homem que colecciona êxitos em Português e que nunca abdicou de mostrar como é incondicional do soul e dos blues (basta apanhar as pérolas espalhadas ao longo do currículo de gravações ou concentrarmo-nos no irrepreensível disco By Request), vale como um autêntico menu de degustação. Passe a expressão e fique a ideia, porque não há exageros nem repetições, porque a cadência é de surpresas consecutivas, porque os sabores ganham as asas dos melhores contrastes, porque a única lógica é a da qualidade e a única lei é a da diferença, percorrida canção a canção. Não se pense, no entanto, que o homem que serve de interface às canções e aos contornos deste disco sempre cozinhado em equilíbrios de risco se encosta a qualquer espécie de exibicionismo ou de desleixo. É precisamente o contrário que ocorre, quando Paulo Gonzo é chamado pelos talentos daqueles que sabia e instintivamente convocou a respostas absolutamente distintas entre si. Sem nunca se afastar da sua própria alma de conhecedor curioso e de descobridor destemido.
Façam o favor de seguir as propostas à la carte. Tudo começa com um crooning de sonho, que parecia estar guardado para as vozes do anfitrião e da espantosa Ana Carolina, brasileira universal. É verdade que o original do tema até é italiano, que Ana Carolina a chamou ao Português há mais de uma dezena de anos, mas a convergência de dois privilegiados para uma história de adeus (será mesmo?) dá ao enredo uma nova dimensão. Logo a seguir entra em cena Anselmo Ralph, representante maior do balanço sedutor e da doce “malandrice” angolana – a passadeira estendida ao português é aproveitada para outro exemplo da multiplicidade de paixões de Paulo Gonzo. Vem depois um encontro de mestres, chamado Jorge Palma para um contraponto que, aos primeiros versos, já é um clássico. Vale a pena lembrar que este Só já passou pela voz de Gonzo, há mais de quinze anos (Voz e Guitarra, 1997) mas só agora cria espaço para a presença do autor. Com a andaluza India Martínez, a conversa é outra, com flamenco e salero em fundo, com uma vibração que não se confunde. Quando cabe ao italiano Mário Biondi assegurar a sua réplica a Gonzo, podíamos estar a ouvir a resposta de Barry White a Ray Charles – não é dizer pouco sobre as alturas alcançadas no dueto que é uma das chaves de todo o álbum.
Sem darmos por isso, que as boas novas não se cronometram, já foi desbravada quase metade deste disco. Ficou dado o mote: um tempero para cada compasso, um perfume para cada diálogo, uma dimensão para cada guião. Sem problemas, deixamo-nos guiar até à América Latina, para que o mexicano Carlos Rivera recupere, mano a mano, o êxito que é Fascinación. A passada africana está de volta, outra vez com Angola (e Matias Damásio), mais adiante com Cabo Verde (e esse viajante de tantos mares que é Tito Paris). Mas não se dispensa o slow assolapado, Talk To Me Instead, capaz de convocar uma gloriosa desconhecida, mas só até agora – Tammy Payne. Ainda se descobre um lugar especial para que Fafá de Belém venha derramar mais-valias sobre Vais Entender, que Paulo Gonzo deixa à solta para uma versão em que se percebe que, entre o melhor de Portugal e do Brasil, não há mesmo longe nem distância. Se é possível falar de despedidas num registo em que a boa tentação é voltar ao princípio, baralhar e deixar correr o shuffle do iPod, o tom é o certo, quando Rui Reininho assina a versão feliz de These Foolish Things e o saudoso Bernardo Sassetti passeia pelo piano, em fundo ou bem à vista. Faz-se justiça, dentro da multiplicação dos gostos.
Paulo Gonzo é, desta vez, o cicerone que tem espaço para caminhar em todas as direcções, nunca cedendo aos sentidos obrigatórios. Não precisa de ser o “macho alfa” de uma alcateia de notáveis cantores porque lhe cabe, naturalmente, a condução dos acontecimentos. Não cansa, ouvi-lo. Nem nos cansamos de abraçar, com o aplauso, com a emoção, com a fidelidade que merecem os que mantêm a luz acesa, cada um dos passos deste cantor que, tantos anos e tantas cantigas depois, ainda nos arrebata e comove e convence. Volto quase ao princípio: mais vale sê-lo que parecê-lo. Paulo Gonzo é – e não está só, como fica demonstrado.
Paulo Gonzo, o branco mais negro de Portugal, o único blues man português.
DISCOGRAFIA - ALBUNS
1986 - DESIRE.
1992 - PEDRAS DA CALÇADA.
1993 - MY BEST.
1995 - FORA D´HORAS.
1997 - QUASE TUDO.
1998 - SUSPEITO.
1999 - AO VIVO UNPLUGGED. + DVD
2001 - MAU FEITIO.
2005 - PAULO GONZO ALBUM.
2007 - AO VIVO NO COLISEU. + DVD
2008 - PERFIL - Edição Especial + DVD
2009 - PERFIL - Inclui 1 tema inédito + 1 nova versão.
2010 - COLECÇÃO.
2010 - BY REQUEST.
2011 - SÓ GESTOS.
2013 - COISAS SOLTAS - Edição Limitada.
2013 - SÓ GESTOS - Edição Especial - Inclui 2 inéditos.
2013 - DUETOS.
2014 - DUETOS - Edição Especial - Inclui + 7 temas ao vivo.
2017 - DIZ-ME.
2017 - DIZ-ME - Edição Especial - Inclui + 1 tema inédito.